segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Na 161° edição do ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER



Na 161° edição do programa radiofônico ALACAZUM PALAVRAS PARA ENTRETER que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2010, transmissão pela Rádio Clube de Valença 650 KHZ AM, apreciamos como BG a música: Brincando com os dedos. Da região de Serrinha- Bahia. A presente faixa apresenta a formação original e acústica do trio de forró com sanfona pé de bode. A harmônica de teclas, é instrumento tradicional em várias culturas européias; no Brasil, é utilizada no repertório da música tradicional do sul e do nordeste, em cada uma com formação própria. No nordeste, encontrando a companhia da zabumba e do triangulo, passou a ser conhecida como 8 baixos ou ainda como pé de bode, instrumento indispensável à quadrilha junina e ao arrasta pé, a festa tradicional do sertanejo. A sanfona pé de bode não tem um teclado como o acordeon – instrumento que viria a substitui-la a partir dos anos 1940. – e sim um sistema de botões de âmbito limitado, assim como na harmonia, feita com apenas 8 baixos (botões harmônicos da mão esquerda) como anuncia o próprio nome do instrumento. A cidade de Serrinha, nos anos de 1960, já havia projetado nacionalmente o virtuoso conhecido como negão dos 8 baixos, mesmo instrumento executado agora por Valdir Lima Batista, chamado artisticamente de Capetinha do pé de bode. A música: Brincando com os dedos foi gravada na cidade de Serrinha no ano de 2002 e consta no encarte do CD Bahia Singular e Plural que nesta época Valdir Lima Batista trabalhava como vigilante alem de ser líder do grupo Tempero Nordestino, que se apresenta com guitarra, bateria, baixo, dois vocalistas e dois casais dançarinos. Capetinha do pé de bode toca nos festejos juninos e nas famosas vaquejadas de Serrinha e outras cidades da região ( Feira de Santana, Sátiro Dias, Conceição do Jacuipe e Conceição de Feira). Brincando com os dedos é de autoria do próprio executante. Representa bem o repertorio típico da pé de bode: técnica exigente para músicas rápidas que exploram os limites do instrumento.

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