quarta-feira, 31 de maio de 2017

Crônica cotidiana de Celeste Martinez

Publicado no Facebook dia 27 de maio de 2017

Ponte Luiz Eduardo Magalhães, na cidade de Valença Bahia.
Manhã de sexta-feira, 26 de maio de 2017.
Eu motorizada, driblando o volumoso número de automóveis perfilhados, outros desnorteados, distribuidos ao longo da grande reta que dá acesso à rua Barão de Jequiriçá.
Escapo por um lado. Desacelero. Volto a primeira. Acelero, engato a segunda. Saio da Ponte. Naquele pequeno trecho que equivale a subida da ladeira, tradicionalíssimo por sua congestão, paro, novamente. Um caminhão, bem lá na frente, fazia manobra para sair.
Estacionada e em trânsito. Reflito.
Quando, bem lentamente, observo através do retrovisor uma motocicleta que se aproximava em minha direção. Chegou e se acomodou, bem devagarinho do meu lado esquerdo. Escutei:
- Recebeu a mensagem do dia das mães? Deixei lá!
- Ham? Olhei para o cara. Era Joaquim do Pitanga. Antigo ouvinte-leitor, participativo, do Alacazum.
Não foi preciso indagar sobre o assunto, conhecendo o Joaquim, imediato entendi.
- Acabou! Disse-lhe. E ele:
- Ham?
Repetir, aumentando o volume da voz:
- Ham?
Ele tornou a fazer a mesma expressão de espanto, de mal entendimento. Alí, não era lugar para esclarecimentos, pois a ordem naquele momento era acelerar, descongestionar a rua, prosseguir, resolver as nossas labutas. Fui.
E Joaquim?
Confusão em trânsito.


Valença, Bahia, 26 de maio de 2017

Nenhum comentário: