quinta-feira, 29 de junho de 2017

Crônica cotidiana de Celeste Martinez

 Postada em minha página no Facebook, dia 5 de junho de 2017

Crônica cotidiana de Celeste Martinez


Desde que iniciei atividades comerciais a seis anos, passei a interessar-me por verduras. Entre estas, o manjerição, tem sido a minha maior ambição em cultivar. Inicialmente, comprei uma muda e plantei no fundo do quintal de casa. Começou a se desenvolver, floriu, retirei alguns galhos para consumo e súbito, murchou e morreu.
Noutras vezes, amigas e amigos, escutando meu interesse pela plantinha, ofertaram-me um pé e re-inicio o cuidado direto no caqueiro.
De novo, a mesma campanha e os mesmos sintomas aparecem até o desfalecimento e perda.
Quando da vinda da primeira exposição de flores à nossa cidade de Valença, Bahia, sediada à Praça da República, comprei uma muda de manjerição roxo.
Desta vez, disse para mim mesma que faria diferente: comprei caqueiro, terra vegetal e empreitei no cultivo. Durou três meses. Ficou vicoso, revigorado, floriu, desfrutei de alguns galhinhos e agora, deparou-me com a planta, murcha e morta.
O Pastor Abimael da Primeira Igreja Batista em Valença, ofertou-me recentemete um vaso, com exuberante manjerição, verdinho, folhas largas, belo. Até o momento, eu de longe contemplando e observando qual melhor lugar para acomodá-lo. Dizem que gosta de lugares arenosos, com bastante luz. Acato cada dica com carinho. No fundo, no fundo, temo pela vida da plantinha.
Suspreendente foi a conversa que tive com a amiga Maria De Lourdes Silva, quando visitou a nossa Pizzaria. Falando de uma coisa e outra, surgiu o assunto do manjerição. Foi quando:
- O manjerição é sentimento. Disse Lurdes.
Foi a primeira vez que escutei alguém falar sobre isso. Sim, tinha coerência.
E ela foi explicar-me que a planta absorve sentimentos negativos.
- Presta atenção quem entra na tua casa! Advertiu-me.
- Será?
Lurdes, falava com propriedade de quem já viveu. E eu, acatei a informação.
Não custa nada, averiguar . Desde então, esta é a ducentésima vez que espio pela janela para averiguar a cara das pessoas que me visitam. Antes de abrir a porta, escondo a planta no quarto.
Até o presente momento, em escrever esta crônica, o manjerição continua vivo, verdinho no caqueiro. Agora resta-me saber se sobrevive, por que foi presente do Pastor ou as sugestões de cuidados, transmitidas a mim pela amiga Maria de Lurdes. 



Valença, Bahia, 12 de maio de 20117

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