terça-feira, 3 de março de 2009

Vaca Estrela e Boi Fubá

Na 117° edição do ALACAZUM, ofertamos o poema: Vaca Estrela e Boi Fubá de Patativa do Assaré na interpretação de Raimundo Fagner.


  • Seu doutor me dê licença pra minha história contar.
  • Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar
  • Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.
  • Eu tinha cavalo bom e gostava de campear.
  • E todo dia aboiava na porteira do curral.
  • Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
  • Vaca Estrela,
  • ô ô ô ô Boi Fubá.
  • Eu sou filho do Nordeste , não nego meu naturá
  • Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
  • Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,
  • Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
  • Quando era de tardezinha eu começava a aboiar
  • Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
  • Vaca Estrela,
  • ô ô ô ô Boi Fubá.
  • Aquela seca medonha fez tudo se atrapalhar,
  • Não nasceu capim no campo para o gado sustentar
  • O sertão esturricou, fez os açude secar
  • Morreu minha Vaca Estrela, já acabou meu Boi Fubá
  • Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar
  • Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
  • Vaca Estrela,
  • ô ô ô ô Boi Fubá.
  • Hoje nas terra do sul, longe do torrão nat
  • Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar,
  • As água corre dos olho, começo logo a chorá
  • Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá
  • Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar
  • Ê ê ê ê la a a a a ê ê ê ê
  • Vaca Estrela,
  • ô ô ô ô Boi Fubá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoro essa música!
Roberto.