terça-feira, 14 de outubro de 2008

Feijão Maravilha

"Bota água no feijão que chegou mais um".


O trecho do samba brasileiro nunca esteve tão atual. Com o preço elevado ficou mais complicado fazer feijoada ou outros pratos típicos. O grão símbolo da alimentação brasileira está se tornando um artigo de luxo. O consumidor brasileiro está sendo obrigado a desembolsar, entre R$ 4,50 a 6,00 para comprar um quilo de feijão carioca.


No Vale do São Francisco "os desavisados de plantão", achavam que com as chuvas os preços iriam cair, mas não estamos mais naquela realidade de 15 ou 20 anos atrás quando o feijão era cultivado, não só nas áreas de sequeiro como também nas irrigadas. O custo de produção e o aumento de pragas desanimaram os pequenos produtores.

A região de Irecê que era considerada um "termômetro" do produto para o Nordeste, também reduziu a área de plantio. Em 2006 era possível comprar um quilo de feijão carioca por R$ 2,99, em maio de 2007 o preço caiu para R$ 1,96. Em novembro de 2007 o preço subiu para R$ 3,25. Segundo a CONAB – Central Nacional de Abastecimento, questões como estiagem em regiões produtoras no segundo semestre de 2007, o aumento do consumo no país podem ter influenciado no preço, mas descarta que terras usadas para o plantio do grão tenham sido destinadas à produção de cana, reduzindo a oferta como foi especulado na mídia.


Outra questão descartada seria "o ganho extraordinário dos produtores" em detrimento dos preços elevados. A CONAB já anunciou que a colheita 2007/2008 será inferior a safra de 2006/2007. Isso significa que dificilmente os preços podem cair. Diante da situação como fica a população de baixa renda que tem no feijão um produto básico da alimentação? Assim nunca mais as frenéticas vão poder cantar: "dez entre dez brasileiros preferem feijão".

"Feijão Maravilha" de José Sebastião Menezes da Silva - J.Menezes 41 anos Professor de História, Radialista, Pós-Graduado em Ensino de Comunicação Social e Estudante de Comunicação Social - Jornalismo Multimeios

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