Originalmente a feijoada portuguesa era feita com feijõe brancos. Na ausência do ingrediente original e diante da oferta de outras variedade: o feijão preto, as escravas-cozinheiras de sinhás portuguesas que se estabeleciam nas rotas e cidades surgidas, assim como nas litorâneas capitais brasileiras (Salvador, Rio de Janeiro) e demais cidade de vulto e relevância, adicionavam aos pedaços de porco (orelha, toicinho, patas, rabos, lombos) , a leguminosa herdada dos nativos e repassada aos africanos, dando origem ao prato típico brasileiro mais conhecido internacionalmente: a feijoada. Esta é uma das versões da origem da feijoada. Uma outra versão diz que a explicação mais difundida sobre a origem da feijoada é a de que os senhores das fazendas de café, das minas de ouro e dos engenhos de açúcar, davam aos escravos os "restos dos porcos" quando estes eram carneados. Segundo Carlos Augusto Ditadi, técnico em assuntos culturais do arquivo nacional do Rio de Janeiro, em artigo publicado na revista "Gula" de maio de 1998, essa alegada origem da feijoada, não passa de lenda contemporânea, nascida do folclore moderno, numa visão romanceada das relações sociais e culturais da escravidão no Brasil. A sociedade escravista do Brasil, no século XVIII e parte do XIX foi constantemente assolada pela escassez e carestia dos alimentos básicos, decorrentes da monocultura e do regime de trabalho escravocrata. Não sendo raro a morte por alimentação deficiente. Existe também um recibo de compra pela casa imperial de 30 de abril de 1889, em um açougue da cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, no qual se vê que consumia-se carne verde, de vitela, carneiro, porco, linguiça, figado, rin, língua, miolos, etc..., o que comprova que eram considerados iguarias. Portanto o mais provável é creditar as origens da feijoada a partir de influências européias.
Un poema de María Paula Alzugaray
Há 2 meses
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