domingo, 11 de maio de 2008

No dia das mães: Homenagem as mães da praça de maio (MADRES DE PLAZA DE MAYO)

Na foto: a senhora Hebe de Bonafini *
Na Argentina, o Dia das Mães é em outubro. Hebe de Bonafini já não pode mais reunir a prole para comemorar a data. Na ausência dos três filhos, desaparecidos políticos, ela se junta semanalmente a outras 450 mães. Não é para trocar presentes. Faz 24 anos que aguardam por justiça. À procura de jovens que levem adiante esse ideal, acabam de abrir uma universidade.
Elas percorreram delegacias, rádios e hospitais. Tudo que uma mãe desesperada à procura do filho é capaz de fazer, elas fizeram. E nada, nem sinal. Cansadas de bater de porta em porta, resolveram recorrer ao presidente. Naquele 30 de abril de 1977, isso era puro atrevimento. A Argentina vivia sob a ditadura militar (1976-1983) de Jorge Videla. No início, ninguém deu bola. Eram apenas 14 mães com cartazes e fotos dos filhos que desapareceram por se opor ao regime. Antes do final do ano, 70 mulheres já pressionavam o governo a assumir a responsabilidade pelos desaparecimentos.

*Hebe de Bonafini preside a Associação das Mães da Praça de Maio. É reitora da Universidad Popular de las Madres. Fundada em outubro passado, a universidade tem 500 alunos em cinco cursos: Psicologia Social, Jornalismo Investigativo, Economia Política, Artes e Direitos Humanos.

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