segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nunca mais outra vez

Tripudiar não vá de mim
você!
Da minha voz sai sangue de velhas feridas
curtidas no sal deste mar interior.
Esse chão que piso é tão duro e
mais liso escorrego
Tenho medo...
Quanto tempo pra mim,
quando tenho um problema, eu queria
seu olhar...
suas mãos, meu colo acolhido compasso...
Do meu amor contido
nas esperas
um dia vou dizer o que pude guardar
sem me dar
Outra conta com saldo eu fazia
conta de mim
Que conto escrever?
Ao final, eu já sei ir mas
não dei pela falta
do tempo do como começar
outra ida...
Tripuidar da minha dor não quera
você!
Vá, que é hora,
pode bater a porta. Que importa?
Mas saia da frente,
meu nado é contra a corrente
Eu vou até o sobrevôo do vôo
da graça
até nunca mais outra vez.

Rosângela de Góes Figueiredo

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