sexta-feira, 28 de agosto de 2009

As perseguições e as viagens



  • As perseguições e os confrontos físicos dramáticos, em género de duelo, são as técnicas mais utilizadas para ressaltar o ingrediente básico da ideia de perigo eminente, numa sociedade onde os riscos se sucedem diariamente e onde a violência parece ser a única forma de garantir a segurança.


A ideia de viagem é uma constante: os vaqueiros atravessam longas extensões de território com o gado; as diligências cortam as estradas ermas, parando em algumas parcas estalagens; as caravanas percorrem as planícies inóspitas e, às vezes, há um forte a marcar a presença militar dos colonizadores.



É basicamente apenas com estes elementos que alguns dos mais afamados filmes se criaram. Em termos narrativos, as histórias costumam ser lineares, sem grandes enredos, com uma moralidade bem definida (como sempre, o bem tem de vencer de uma forma ou de outra). Como pano de fundo, a paisagem é marcada por grandes espaços abertos, como os de Monument Valley, que se tornaram emblemáticos e quase que se podem assumir como a personagem principal do filme. As personagens dos westerns identificam-se, de resto, com estes espaços e com a relação entre a terra e o céu aberto.



Outro elemento frequente é o do conflito entre os colonizadores brancos e os povos indígenas.


O próprio género do western inclui em si vários sub-géneros, como o western épico e outro onde a acção e os tiroteios se sucedem de uma forma irracional, os musicais, o drama, a tragédia e mesmo, algumas comédias e paródias. Os elementos básicos do western clássico foram depois repensados, criticados e postos em causa por filmes que podem ser considerados como fazendo parte do western revisionista.


Os cowboys e os pistoleiros costumam ter sempre um papel importante nestes filmes - o que é notório na forma popular como estes filmes são designados na língua portuguesa. Lutas com índios são também frequentes, ocupando estes, de uma forma geral, o papel de uma ameaça; os westerns "revisionistas" pretenderam, depois, tratar de forma mais benévola o papel dos povos indígenas, passando estes a tomar o lugar de "bons da fita".


Nos anos 70 surgiram vários exemplares dessa corrente: Little Big Man (O pequeno grande homem, no Brasil), que mostra o anteriormente herói cultuado General Custer como um homem ambicioso e desequilibrado); A Man Called Horse (Um homem chamado cavalo, no Brasil), o primeiro de uma trilogia com o ator inglês Richard Harris; e Soldier Blue (Quando é preciso ser homem, no Brasil), de 1970, com Candice Bergen, que mostra cenas chocantes de um massacre de índios.



Outros temas recorrentes são as jornadas pelo Oeste americano, ou os ataques de grupos mais ou menos organizados de bandidos que aterrorizam as pequenas cidades nascentes, como acontece em The Magnificent Seven (Os sete magníficos, em Portugal, e Sete homens e um destino, no Brasil).



Fonte: Wikipédia

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