Sempre correndo riscos.
Nunca choro.
Isto?
Não são lágrimas, não.
Foi só um cisco no meu olho, juro. (Eu adoro você, cara.)
Mais uma vez me arrisco:
encaro o salto no escuro.
Aterrisso nos seus olhos?
Não: Lá, no olho do vulcão, no fulcro do furacão, no centro da tempestade.
Um lado de mim tem os pés sempre no chão,
sonhos sensatos, maduros.
Um lado é a realidade.
O outro lado desvaria quando salta: entra em órbita em torno de Saturno e nunca volta à Terra. Nunca mais.
Provoco maremotos, à distância: diluo o seu olhar nos Oceanos.
Em conluio com a Lua,
desencadeamos você e eu essas marés azuis que têm invadido os continentes, provocando pânico.
Quero sim ser sua, e o resto do Universo que se dane.
(O Sistema Solar entra em pane)
Betty Vidigal
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