sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Risco



Sempre correndo riscos.

Nunca choro.

Isto?

Não são lágrimas, não.

Foi só um cisco no meu olho, juro. (Eu adoro você, cara.)

Mais uma vez me arrisco:

encaro o salto no escuro.

Aterrisso nos seus olhos?

Não: Lá, no olho do vulcão, no fulcro do furacão, no centro da tempestade.

Um lado de mim tem os pés sempre no chão,

sonhos sensatos, maduros.

Um lado é a realidade.

O outro lado desvaria quando salta: entra em órbita em torno de Saturno e nunca volta à Terra. Nunca mais.

Provoco maremotos, à distância: diluo o seu olhar nos Oceanos.

Em conluio com a Lua,

desencadeamos você e eu essas marés azuis que têm invadido os continentes, provocando pânico.

Quero sim ser sua, e o resto do Universo que se dane.

(O Sistema Solar entra em pane)

Betty Vidigal

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